Temos uma péssima mania de achar que as pessoas estarão eternamente lá, onde elas exercem sua função, para nos servirem.
Toda minha família, freqüentava um joalheiro de confiança, chamado Carlinhos.
O Carlinhos era famoso aqui em casa. Era freqüente conversas do tipo:
-Ah, hoje depois do trabalho vou dar uma passadinha lá, preciso que ele concerte umas coisinhas para mim.
-Então, já que você vai lá, pergunte pra ele como anda o colar que ele ficou de terminar pra mim.
Isso aqui, era quase rotina.
Depois de um tempo começamos a reparar que a loja dele vivia fechada, achamos estranho, mas pensamos que ele devia ter viajado. Ele é cheio dessas coisas mesmo.
Mas sumiu por muito tempo.
Até que um certo dia, minha mãe foi na sapataria que fica ao lado da joalheria e resolveu perguntar o que tinha acontecido com o Carlinhos. O sapateiro começou a chorar e espantado dela ainda não saber, disse que o Carlinhos tinha morrido em Setembro, isso que nós já estavamos em Dezembro.
Eu soube e não me conformei até hoje. Ele era jovem. É aquele tipo de notícia que você jamais espera.
Para mim o Carlinhos estará sempre lá quando eu precisar concertar alguma coisa. Ele sempre estava quando eu precisava. Era alguém que eu podia contar e para mim, ainda posso. É como se ele não tivesse morrido, e com certeza está viajando, tirando umas férias, negociando ouro por aí. Vai saber.
Nós contamos com esse tipo de pessoa o tempo todo, e muitas vezes não percebemos que elas exercem um papel fundamental em nossas vidas. E quando não as temos mais, vemos a falta que elas nos faz.
Já notaram isso? Reparem se vocês tem alguém assim e comecem a valorizá-lo hoje, porque pode ser que amanhã ele não esteja mais aqui para te atender.
Saudoso Carlinhos, sentimos sua falta.
Isso é MUITO verdade!
ResponderExcluirEu estava pensando nisso outro dia!
Triste...
=/